Belo Horizonte cresceu entre casas, conjuntos arquitetônicos, escolas, hospitais, igrejas, fábricas, hotéis e clubes construídos pelos imigrantes italianos - operários, comerciantes, industriários. Em grande número as famílias italianas se instalaram na cidade, voltando-se para o ramo de atividades essenciais: alimentos (padarias e massas), restaurantes, cerâmicas e ladrilhos, alfaiatarias, barbearias, transporte de carga e fábricas, entre outros. Entre muitas realizações, a colônia italiana fundou o seu clube de futebol - o PALESTRA ITÁLIA, que mais tarde, transformou-se em CRUZEIRO. Um clube que fez história (e ainda faz), conquistando títulos inéditos para MG e uma grande torcida, já na era do Mineirão.
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O primeiro time do Palestra foi formado, em sua maioria, por jogadores italianos dissidentes do Yale. O Atlético, América, Guarany e Ipanema que tinham membros da colônia ficaram sem eles.
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Admitido pela LMDT para o campeonato Mineiro de 22, o Palestra começa a se preparar. No primeiro jogo contra o Atlético, o Palestra vanceu por 2x0, com Nulo, Henriqueto e Polenta, Grande, Galo e Quinino, Pedersolli, Parisi, Nani, Atílio e Armandinho.
O Palestra ficou com o vice campeonato de 1922.
Logo depois, o clube perdeu o campo de treino, já que o terreno herdado do Yale, foi desapropriado pelo governo estadual. Para treinar, tinha que pedir o campo emprestado ao Atlético.
Em dezembro de 1922, a diretoria do Palestra adquirio por 50 contos de reis o terreno da Prefeitura, no Barro Preto.
Em setembro de 1923 o Palestra inaugura o estádio JK, num jogo contra o Flamengo e empata por 3x3. NA preliminar, o América com um time reserva, venceu o Atlético por 3x0.
Em dacadência por não aceitar sócios e jogadores que não fossem italianos, a Diretoria eliminou essa cláusula do estatuto.
Mudou também a grafia do nome - de Societá Sportiva para Sociedade Esportiva Palestra Itália. Começa a mudar o clube que durante muito tempo foi um time de bairro italiano, uma paixão italiana.
O Palestra adere ao 'profissionalismo marrom', já instalado no Rio e São Paulo, e reforça seu time com jogadores de São Paulo como Morganti, Arnaldo, MOrgantinho, Gutierrez e Osto. E buscou no Sírio de BH os craques Nereu e Zezinho.
O Palestra consquista seu primeiro título: o campeonato mineiro de 1928, com 7 vitórias, 2 empates e 1 derrota.
Em 1929 o Palestra conquistou o bi-campeonato e em 1930 conquistou o tri. Ambos invícto, sem perder um ponto sequer e revelando um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos: NIGINHO.
Depois do tri campeonato os ídolos palestrinos NININHO, NINÃO e NIGINHO foram contratados pela Lazio da Itália. E o Palestra não conquistou mais títulos na década de 30.
Em 1935 o craque NIGINHO retorna da Itália.
Em 1940 o Palestra foi o campeão mineiro de Profissionais.
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Nos três primeiros anos, o CRUZEIRO foi a sensação de Minas. Ganhou o tricampeonato de 1943, 1944 e 1945.
A torcida tornou-se tão grande como a do América, segundo maior clube do estado.
Depois disso foram 10 anos sem conquistar títulos.
Em 1956 o Cruzeiro foi declarado campeão junto com a Atlético, numa decisão dos tribunais.
Nesta época apareceu um torcedor que não perdia nem treino e que seria mais tarde o maior presidente do clube de todos os tempos: Felício Brandi.
Para superar a crise dos anos 50 o Cruzeiro investe nas categorias de base e em novas contratações, formando um time com a experiência dos veteranos e a força e o talento dos jovens como Hilton Oliveira e Procópio.
Em 1959, o Cruzeiro foi campeão mineiro com uma grande equipe: Genivaldo, Procópio, Massinha, Nilsinho, Amauri de Castro e Cléver; Raimundinho, Émerson, Dirceu Pantera, Mirim e Hílton Oliveira.
Em 1960 Rossi substituiu Mirim e o Cruzeiro foi bi-campeão.
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Em 1965, dois meses após a inauguração do Mineirão (5 de setembro de 1965), o Cruzeiro conquistou o Campeonato Mineiro.
Em 1966, após a desastrosa participação brasileira na Copa do Mundo da Inglaterra, o Cruzeiro reanimou a torcida nacional - descrente com a qualidade de nossos craques - ao vencer de maneira irretocável a VII Taça Brasil. Conquistando o primeiro título nacional da história de Minas Gerais.
O Cruzeiro foi penta-campeão Mineiro em 1965/66/67/68/69.
O Cruzeiro foi tetra-campeão Mineiro em 1972/73/74/75.
1974, o ano que não terminou... O Cruzeiro não é um time que reclame de arbitragens, como alguns por aí. que sempre que são derrotados, colocam a culpa nos arbitros. Mas em 1974, o Cruzeiro era o melhor time do Brasil e foi prejudicado perimeiro pela CBF (antiga CBD) que transferiu o jogo final para o Maracanã alegando falta de segurança do Mineirão (absurdo !!!). Depois, o soprador de apitos ARMANDO MARQUES, garfou descaradamente o Cruzeiro e deu a vitória ao Vasco da Gama.
Em 1976, conquista a Libertadores da América. Outro título inédito para Minas Gerais.
Também em 1976, uma das grandes decepções na vida do Cruzeiro: a derrota no mundial interclubes para o Bayern de Munique. No primeiro jogo em Munique o Cruzeiro jogou com neve e foi derrotado por 2x0, no jogo de volta empate de 0x0.
Em 1977 o Cruzeiro conquista seu último título da década de 70. Campeão Mineiro em cima do Atlético de Reinaldo e Cerezzo, que se diziam imbatíveis.
Neste período o Cruzeiro ficou em jejum e não conseguiu montar equipes nem mesmo razoáveis.
Em 1980, o Cruzeiro aplica a maior goleada da história do Mineirão: 11x0 no Flamengo de Varginha, pelo campeonato Mineiro.
Em 1984, o Cruzeiro volta a ser campeão Mineiro, desbancando o Atlético numa goleada histórica: 4x0 no primeiro jogo. Apesar de ter perdido o segundo jogo por 1x0, o Cruzeiro foi o legítimo campeão Mineiro de 1984.
Nesta final, um fato histórico : pela primeira vez, a torcida cruzeirense superou os atleticanos no estádio. Era a confirmação de que o Cruzeiro, que já havia superado o América, superou também o Atlético e se tornou o clube mais popular de Minas.
Em 1987 o Cruzeiro também foi campeão Mineiro.
Campeão Mineiro de 1990
Campeão do I torneio dos Campeões de Minas Gerais em 1991
Campeão da SuperCopa em 1991.
Bi-Campeão da SuperCopa em 1992.
RENATO GAÚCHO foi um dos destaques do Cruzeiro na temporada de 1992. Ele foi o artilheiro da competição com 6 gols. Contra o Nacional da Colômbia ele marcou 5 dos 6 gols da vitória cruzeirense por 6x0 no Mineirão. Na final contra o Racing da Argentina, 4x0 no Mineirão e 0x1 em Buenos Aires.
Campeão Mineiro invícto em 1992.
Campeão da Copa do Brasil em 1993.
Campeão Mineiro invícto em 1994.
Campeão da Copa Master 1995.
Campeão da Copa Ouro 1995.
Campeão da Copa do Brasil 1996.
No campeonato mineiro de 1997, um novo marco histórico. Foi na final, no jogo Cruzeiro 1x0 Villa Nova que aconteceu o maior públio já registrado na história do Mineirão 132.000 pessoas.
Campeão da Libertadores pela segunda vez em 1997.
Mais uma vez, os alemães levaram vantagem. Foi na decisão do Mundial Interclubes onde o Cruzeiro perdeu em Tóquio para o Borussia Dortmund por 2x0.
O Cruzeiro contratou BEBETO, DONIZETE e GONÇALVES para a decisão, mas não conseguiu entrosar o time a tempo, e perdeu para a forte equipe alemã, do zagueiro brasileiro JÚLIO CÉSAR.
Tri-Campeão Mineiro em 1996/1997/1998.
O ano de 1998 não foi rico em títulos (somente o tri Mineiro). Mas foi um marco na história do Cruzeiro, que chegou em outras três finais: Copa do Brasil - Onde perdeu para o Palmeiras (1x0 no Mineirão e 0x2 no Morumbi), Brasileiro - Perdido para o Corinthians (2x2 Mineirão, 1x1 e 0x2 Morumbi) e Mercosul - Perdido para o Palmeiras (2x1 Mineirão, 1x3 e 0x1 no Palestra Itália).
A comprovação final: O CRUZEIRO TEM A MAIOR TORCIDA DE MINAS !!! O diário dos esportes LANCE!, publicou uma pesquisa junto com o IBOPE, cujo resultado afirma que o CRUZEIRO possui 26% da torcida de MG, seguido pelos OUTROS CLUBES com 22% e só então o ATLÉTICO com 16%. (O AMÉRICA tem menos de 0,5%)